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Calor, álcool e açúcar: o trio que sabota a saúde íntima feminina nas festas de fim de ano

  • Foto do escritor: Portal Entre Elas
    Portal Entre Elas
  • há 4 dias
  • 2 min de leitura

Ginecologista alerta para os riscos de infecções urinárias e candidíase no verão e ensina como a alimentação pode ajudar a prevenir o problema.


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Com a chegada do verão e das festas de fim de ano, cresce silenciosamente um problema que afeta milhares de mulheres: o aumento dos casos de candidíase e infecção urinária. “A combinação de calor, transpiração, roupas justas, álcool, açúcar e alterações hormonais é um prato cheio para o desequilíbrio da flora vaginal, especialmente nas mulheres acima dos 40 anos”, explica a ginecologista Dra. Amanda Vanzelli, especialista em saúde feminina.


Segundo a médica, nessa faixa etária, a queda progressiva do estrogênio reduz a espessura da mucosa vaginal, a acidez protetora do pH e a imunidade local. Isso favorece o crescimento de fungos como a Candida albicans e bactérias como a E. coli, principais responsáveis por candidíase e cistite.


“A candidíase provoca coceira intensa, ardor e corrimento esbranquiçado. Já as infecções bacterianas causam corrimento amarelado ou acinzentado e ardência ao urinar. O tratamento é totalmente diferente, por isso o diagnóstico correto é fundamental”, afirma.


Álcool, açúcar e calor: o trio que sabota a saúde íntima


Durante o Natal e o Réveillon, é comum que o consumo de bebidas alcoólicas, doces e carboidratos ultraprocessados aumente. O problema é que esses excessos não afetam apenas o fígado ou a balança — eles também alteram o pH vaginal e reduzem a imunidade.


“Manter a hidratação, equilibrar as refeições e, se possível, incluir probióticos nesse período são formas práticas de preservar o equilíbrio intestinal e vaginal, mesmo fora da rotina”, recomenda a especialista.


Além da alimentação, hábitos simples fazem diferença: chegou da praia, troque o biquíni; pós-treino, troque a calcinha molhada de suor. Use roupas íntimas de algodão e evitae sabonetes perfumados ou duchas internas,  para manter o equilíbrio da flora.


A alimentação é aliada da prevenção


Estudos mostram que o consumo de alimentos ricos em fibras, antioxidantes e probióticos pode reduzir significativamente a recorrência de infecções vaginais. Uma pesquisa publicada no Microorganisms Journal (2023) indica que mulheres que consomem probióticos regularmente apresentam menor incidência de candidíase.


“Iogurtes naturais, kefir, frutas vermelhas, vegetais verdes, além de fontes de zinco e selênio, fortalecem as defesas naturais. Por outro lado, o excesso de açúcar simples alimenta o crescimento da Candida”, explica a especialista.


Candidíase crônica: quando o fungo insiste em voltar


Para muitas mulheres, o problema não é um episódio pontual — é uma repetição incômoda. Nessas situações, Dra. Amanda alerta que não basta tratar os sintomas.

Candidíase de repetição exige investigação. Disbiose intestinal, antibióticos em excesso, resistência insulínica e alterações hormonais são causas comuns. É preciso tratar a origem do desequilíbrio, não apenas o fungo.”

Ela defende uma abordagem integrativa, que associe alimentação adequada, modulação hormonal, equilíbrio do microbioma e gestão do estresse. E lembra: coceira e ardência não são normais. Procurar ajuda médica é essencial.

 

Dra. Amanda Vanzelli – Mastologista e Ginecologista/obstetra


Título de Ginecologia/Obstetrícia pela Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO)*

Título em Mastologia pela Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM)

Pós-graduada em Nutrologia.

Formada em medicina pela FMJ (Faculdade de medicina de Jundiaí) em 2007, realizou residência médica em Ginecologia /Obstetrícia e posteriormente em Mastologia pelo Hospital do Servidor Público Estadual.



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